terça-feira, 12 de novembro de 2013

O INCRÍVEL MECANISMO DA CRIAÇÃO DE DINHEIRO E DO ESTABELECIMENTO DO CONTROLE OLIGÁRQUICO MUNDIAL


A respeito do assunto, me vem à lembrança as palavras de um conhecido meu, que depois de ganhar muito dinheiro como incorporador, para depois virar financista e banqueiro, comentou:

“É inacreditável como é fácil criar dinheiro.
Basta anotar um crédito na conta de alguém que ele sai assinando cheques.  
E o melhor é que ele me paga de volta esse dinheiro, que na verdade não dei.
Se  tivesse sabido antes, eu  não teria perdido tempo tentando ganhar dinheiro de outra maneira”.

O que realmente impressiona é que, sendo assunto tão importante,  tão pouca gente conheça o espantoso processo de criação de dinheiro nos sistemas subordinados a Bancos Centrais, a começar pelo Dólar, a moeda aceita como valor de reserva MUNDIAL.

De modo simplificado, funciona assim:    

1) O Governo decide que precisa de ter em caixa naquele momento uma certa quantidade de recursos financeiros, digamos  $$ 10 bilhões (Dólares, Reais, seja qual for a moeda).   
2   
      2) Com esse objetivo, o Tesouro Nacional imprime uma quantidade de papéis lindamente impressos (Letras do Tesouro), no valor nominal de 10 bilhões, e os entrega ao Banco Central, que em troca deposita nas contas do Governo, no Sistema Nacional de Bancos Privados, $$ 10 bilhões. 
3    
      3) O Banco Central pode fazer esse depósito em papel moeda -- impresso para esse fim -- ou meramente realizar o “depósito”  por via eletrônica. Nesse ato o Governo passa a dever ao Banco Central não só o total “depositado”, mas também o Juro anual prometido pelas Letras do Tesouro adquiridas pelo Banco Central.
4   
      4) A legislação que rege o chamado “sistema de reserva fracionada” autoriza a qualquer banco emprestar ao público uma elevada fração (normalmente 90%) dos depósitos recebidos, deixando em caixa uma reserva apenas suficiente para atender aos resgates correntes.
5   
      5) Sendo assim, com esse deposito de $$ 10 bilhões  os bancos estão autorizados a emprestar, em conjunto, $$ 9 bilhões, e efetivamente o fazem. Esses empréstimos são realizados simplesmente fazendo a correspondente entrada de  “credito” na conta de cada cliente recebedor do empréstimo, totalizado os $$ 9 bilhões .
     
      6) Ocorre que esses 9 bilhões “depositados ” em moeda meramente escritural são considerados novos depósitos, que outra vez dão aos bancos direito de emprestar 90% desse valor – ou seja $$ 8,1 bilhões.
7    
      7) Desse momento em diante ocorre uma coisa que se assemelha ao “milagre da multiplicação dos pães e peixes”: em operações sucessivas, os primeiros $9 bilhões vão se multiplicando em dinheiro emprestado ao publico em “moeda escritural” -- um nome impressionante aplicado ao dinheiro que os bancos emprestam sem ter --  simplesmente   “criado do ar ” .
     
      8) Dessa forma,  o total emprestado será: $$ 9 + (90% x 9) + (90% x 90%) x 9 + (90% x 90% x 90%) x 9 + (90% x 90% x 90% x 90%) x 9 + .....   Os que fizeram o ginásio no tempo em que se aprendia alguma coisa já perceberam que trata-se da soma dos termos de uma progressão geométrica decrescente, infinita, cujo termo inicial é a1= 9 e a razão  q = 0,9.        A fórmula que fornece o resultado é    S = a1 / (1- q) = 9 / (1-0,9) = 9 / 0,1 = 90;      $$ 90 bilhões !!
    
      9) Pouco importa como esses recursos são movimentados: os saques feitos em cheque ou moeda corrente voltam sempre como depósitos, no mesmo banco ou em outro do Sistema Bancário.
      
     10) Para todos os efeitos cheques funcionam como dinheiro.  É por essa razão que em economia os meios de pagamentos restritos (M1) são definidos como papel moeda em poder do público + depósitos à vista (que são os valores lançados à crédito nas contas dos clientes).
        
          11) Em suma, cada $$ 1 bilhão de aumento da base monetária gera $$ 10 bilhões de empréstimos ( = dinheiro = dívida ) mais os juros correspondentes, devidos aos bancos por emprestarem dinheiro “ criado do ar”.
     
      12) Para essa conta fechar é preciso que ao final do ciclo os tomadores de empréstimo tenham conseguido ampliar o espaça econômico criando bens e serviços adicionais, que sirvam de contrapartida a esse novo dinheiro posto em circulação, MAIS os juros.

Note-se que nesse sistema fechado não foi criado dinheiro para o pagamento dos juros, de modo que ao final do ciclo, a base monetária terá que ser ampliada de novo, no mínimo em quantidade suficiente para acomodar os juros.

É isso que obriga ao crescimento exponencial permanente  da economia, sob a pena do colapso total de um sistema que é indistinguível de uma “ pirâmide  “ financeira, que desaba quando se torna impossível conseguir participantes capazes de manter a ciranda girando com velocidade suficiente.

Resumindo:  um sistema econômico-financeiro onde cada centavo dele é criado por  dívida, tem duas premissas fundamentais:

A) Está sujeito à instabilidade e ao colapso no momento em que o crescimento de amanhã for insuficiente para pagar o endividamento de hoje, como a presente crise energética está fazendo acontecer.

B) Não teria como deixar de criar, como criou, o todo poderoso núcleo de poder mundial suprapartidário e supranacional de banqueiros, que manipula as estruturas políticas a seu bel prazer e transforma o planeta no tabuleiro de jogo do  oligopólio financeiro-industrial-militar.

Aconteça o que acontecer, parece muito difícil que a sólida estrutura do poder oligárquico mundial possa ser abalada, mas os sinais de instabilidade estão arregimentando ativistas que acreditam na possibilidade de reagir contra o sistema.

Nos Estados Unidos, principalmente no Centro-oeste, cerca de 3 milhões “preppers”, abrangendo com suas famílias mais de 10 milhões de pessoas, preparam-se para o confronto, dispostos a defender o direito que a Constituição lhes concede de possuir armas como último instrumento de defesa contra a tirania.

É de um desses grupos a iniciativa de difundir pela internet a animação mostrada a seguir, em que a história da criação do oligopólio é apresentada de um modo didático e bem convincente, a partir do avô dos bancos centrais  (Bank of England - 1679) e da bem sucedida armação de Rothschild, Rockefeller, J.P.Morgan  e outros banqueiros, para implantar o Federal Reserve nos Estados Unidos, em 1913.






Nenhum comentário:

Postar um comentário